Transformação do consumo de proteína animal # 6
Diversas publicações da McKinsey, que analisam o futuro dos mercados de proteína animal, pontam para importantes mudanças nas preferências dos consumidores, por três motivos principais.
Primeiro porque as evidências atuais da ciência médica apontam para possíveis vários malefícios da proteína animal. É que atualmente se consome uma quantidade per capita de carne de gado muito maior do que no passado e a criação mudou radicalmente, para gado confinado, alimentado por ração e com elevadas doses de antibióticos, que são carregados para a mesa das refeições.
Segundo, porque há uma consciência crescente quanto ao bem-estar animal. O animal também tem sentimentos e preza por sua liberdade, que lhe é tolhida quando é criado confinado. É possível que essa falta de bem estar acabe afetando a qualidade de sua proteína que será ingerida nas refeições. Mesmo que a falta de bem estar não afete a qualidade da carne, cresce nas sociedades a condenação aos maus tratamentos dos diversos tipos de criação.
Terceiro, porque a produção de proteína animal tem um consumo de recursos naturais (água, área para pastagem ou produção dos alimentos para o gado confinado), insumos muito mais alto do a produção de proteína vegetal. E mais importante ainda, tem um impacto nas emissões de gases de efeito estufa muito alto.
Por esses três motivos, parcelas crescentes de consumidores em todo o mundo vêm reduzindo o consumo de proteína animal e migrando para proteínas de origem vegetal. O resultado já se nota na redução da taxa de crescimento do consumo de proteína animal- mais acentuada em alguns países do mundo do que em outros.