Saúde Emocional # 34

Enviado por Seed4Life em ter, 03/08/2021 - 09:00
Blog # 34

Passados mais de 1 ano e 4 meses desde o início da pandemia de covid-19 e continuamos em distanciamento, pois o vírus continua solto por aí, infectando muita gente e se reproduzindo aos milhões, por segundo, em cada pessoa infectada. Com tantas multiplicações, é fácil entender por que surgem tantas variantes. Por isso, continua necessária a colaboração de todos, inclusive daqueles já infectados ou vacinados.

Se há uma palavra dominante nesse período de pandemia, essa palavra é incerteza. De onde veio esse vírus, como entra em nosso corpo, como age, que poder destrutivo tem sobre nossos órgãos internos. Sobre nosso cérebro, portanto sobre nossa saúde mental, nosso bem-estar.

Diversos trabalhos de renomadas instituições nacionais e internacionais, constataram que a pandemia afetou a saúde mental de muita gente. E não apenas daqueles que contraíram a doença. Nesses tempos de pandemia e distanciamento físico, a saúde mental tornou-se uma das maiores preocupações no campo da saúde. 

Um estudo da McKinsey publicado poucas semanas atrás, mostrou que 41% da população dos E.U.A. sofre com distúrbios mentais. Mas entre os jovens de 18 a 24 anos, essa porcentagem é de 75%. Isso é praticamente toda a geração. Dados da Sociedade Brasileira de Psiquiatria mostram que houve aumento de 25% nos atendimentos psiquiátricos entre março e novembro de 2020. Entre esses profissionais, 82,9% relataram agravamento dos sintomas de transtornos mentais. Isso ocorreu tanto na saúde pública quanto nos planos de saúde.

Mas notem, saúde mental já era de grande preocupação antes mesmo da pandemia. A revista The Lancet, uma das mais prestigiadas do mundo, estimou que a perda econômica anual, com problemas mentais em 36 países da OECD, chega a 1 trilhão de dólares. É do tamanho do PIB do Brasil, que foi de pouco mais de 1 trilhão em 2020.  E o artigo é de maio de 2016, muito antes da pandemia. 

Saúde Mental se converteu no principal motivo da falta ao trabalho, da baixa da produtividade. É levando esse aspecto em consideração que a perda econômica é tão alta.
E agora, as incertezas geradas pela pandemia geram angústias. Em muitas pessoas. É inevitável. Serei infectado? Se infectado, vou ter caso grave? Precisarei de internação, UTI, respirador...? Vou ter familiares e amigos infectados? Haverá vagas em hospitais, em UTIs? Remédios? Vou sair vivo? Que sequelas terei que carregar? Perderei o emprego?

A ansiedade é perturbadora. Não tratada, conduz à depressão. Baixa autoestima. Afeta o funcionamento de nosso corpo. Favorece o adoecimento.

Não afeta somente os colaboradores das empresas. Afeta também os empresários: meu negócio será afetado? Irá sobreviver? Ficará perigosamente endividado? Terá que haver demissões? 
Consultorias recomendam atenção a esses aspectos da saúde dos colaboradores das empresas. Será necessário detectar o problema aos primeiros sinais dos sintomas. Mas, detectar é apenas o primeiro passo. Há muitas ações que devem se seguir para evitar que a saúde mental se agrave. 

O manual desenvolvido pelo SESI recomenda seguir um tripé: observar, escutar, aproximar. Tudo isso pode ser resumido em uma palavra: acolher. Como dizia o Presidente Obama: we care. Nunca estigmatizar. Reconhecer que saúde mental é muito importante. Para quem? para a pessoa, para seu bem-estar, para seu desempenho, para sua assiduidade e produtividade. Portanto, também para os resultados da empresa.

A pessoa em situação de vulnerabilidade precisa ser ajudada. Uma conversa já ajuda, assim como contatos frequentes com a pessoa com sinais de sintomas. Convidar para um cafezinho, puxar conversa sobre alguma questão que o preocupa, carga de trabalho, pressões por resultados, alguma situação na família. Sempre sem forçar, sem parecer intromissão.

Por vezes, a atenção, a solicitude, o carinho, o acolhimento conseguem resolver o problema antes que se torne crônico. O importante é falar abertamente sobre o problema, admiti-lo, não esconder. O problema é real e é preciso entender não se deve à qualquer fraqueza de caráter ou falta de vontade. 

Empresas, sabedoras dessas tendências, se prepararam para sensibilizar e informar sobre a questão, identificar pessoas ou grupos vulneráveis, preparar grupos de apoio e identificar serviços de apoio à saúde mental. Isso está ao alcance tanto das grandes quanto de pequenas e médias empresas. Não há desculpas para a inação.

Uma pesquisa divulgada há pouco pela Organização Mundial da Saúde mostrou que durante a pandemia, muitas terapias de saúde mental foram descontinuadas - em 127 de 130 países pesquisados. Compreende-se. É o temor da infecção. Mas não há mais motivos para não seguir com as terapias. A telemedicina cresceu vertiginosamente na pandemia. E não há obstáculos, técnicos, morais, éticos, legais, para sua prática no aconselhamento psicológico ou psiquiátrico. 
Atualmente, muito tem se falado em comorbidades, que são fatores de risco para agravamento da covid-19. Condições como diabetes, hipertensão, artrites, dislipidemias, obesidade etc. Constata-se mundialmente uma verdadeira pandemia dessas doenças crônicas.

Doenças crônicas costumam ser associadas à hereditariedade. Mas portar os genes da doença não é suficiente para desenvolvê-la. E sim, predispõe para a doença, mas para que ela se desenvolva é necessário que o gene seja disparado. Portanto, deve haver gatilhos a dispará-lo. Que gatilhos são esses? Certamente estão ligados àquilo que fazemos, que alimentos ingerimos, os poluentes que respiramos, em que ambiente vivemos, até mesmo como pensamos - se perdoamos, amamos ou se ao contrário, guardamos rancor, raiva e ódio - sentimentos esses que afetam somente a quem os cultiva.

Torna-se necessário, portanto, a incorporação de pequenos novos hábitos em nosso dia a dia e a redução progressiva dos hábitos que nos fazem mal. Alguns estão fora de nossa ingerência, como por exemplo a poluição do ar. Outros estão na nossa capacidade de gestão. Em especial, o que comemos. 

No passado, os alimentos chegavam à mesa frescos. Viajavam em média 200 Km. Hoje viajam mais de dois mil Km. O lado positivo é que permitiu o consumo de produtos produzidos em lugares distantes. Diversificou a mesa das refeições. Mas os alimentos deixaram de ser frescos. Foram acrescentados de conservantes, estabilizantes etc. Sem falar dos alimentos embutidos, enlatados e ultraprocessados – que são convenientes, quase prontos, mas com grande perda de nutrientes no processo e adição de agentes nocivos. Ficaram vazios de nutrientes e cheios de calorias que nos engordam.

Não deve espantar, portanto, a pandemia de doenças crônicas que as sociedades enfrentam nos dias de hoje. Está ao nosso alcance mudar para manter saúde em nossas vidas, disposição e assim preservar nosso desempenho e produtividade.
 

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