Emagrecer com saúde e vigor # 14

Você, como todos nós, quer ter um corpo leve, ágil, forte e saudável, para ter disposição para as atividades do dia, tanto para o trabalho quanto para o lazer, a prática de atividades físicas e o cumprimento das tarefas do lar.

Além disso tudo, um corpo leve, com índice de Massa Corporal na faixa considerada saudável, é essencial para manter a saúde, eleva a autoestima e facilita a sociabilização. É um sonho? Pode ser, mas é um sonho que está ao seu alcance.

Nunca é demais lembrar que sobrepeso e obesidade são em sim mesmos doenças, de origem metabólica, fundadas em uma alimentação inadequada. Mais do que isso, estão na raiz do surgimento e da persistência de muitas doenças crônicas, como pressão alta, problemas nas articulações, dores lombares, apneia do sono, diabetes e até mesmo alguns tipos de câncer. Elas afetam sua qualidade de vida e podem se tornar excruciantes nas idades mais altas. São doenças que passam desapercebidas por anos, mas mesmo nas fases iniciais elas afetam vários órgãos de nosso corpo. Não tratadas, essas doenças pioram sua qualidade de vida e reduzem sua expetativa de vida.

Emagrecer, ter corpo esbelto, forte e saudável, está ao seu alcance. Poderá ser difícil resistir à tentação de buscar a solução em medidas quase milagreiras, aparentemente fáceis, com promessa de resultados imediatos. Quem não sonha com uma pílula emagrecedora, com a lipoaspiração que retira de seu corpo em poucos minutos uma boa quantidade de gorduras, sem que você tenha que mudar seus hábitos ou transpirar em atividade física? Além dos riscos e efeitos colaterais dessas opções fáceis, os resultados tendem a não se manter no tempo.

Nas encruzilhadas você tem pode escolher entre dos caminhos. Tendemos a escolher o que nos parece mais fácil e agradável. Pelo menos à primeira vista. O acerto da escolha será verificado ao longo da jornada. Aquele que parecia mais fácil pode se revelar uma escolha equivocada, na medida em que as escolhas equivocadas forem revelando seus efeitos - no peso, disposição, estado de saúde, acometimento de doenças crônicas.

As evidências médicas apontam de forma cada vez mais convincente para um caminho que pode resultar corpo esguio, saudável, forte e com alto tônus vital. Tudo o que você tem que fazer é readequar seus hábitos: exercitar-se mais e mudar seus hábitos alimentares. As pesquisas apontam para os efeitos benéficos no seu corpo de uma alimentação baseada em plantas, ingerindo as porções diárias recomendadas de frutas, verduras, leguminosas, sementes, castanhas, nozes, e reduzindo a ingestão de proteína animal, de alimentos ultraprocessados. Vários países publicaram suas diretrizes alimentares nessa direção. Pena que na maioria desses países, o padrão alimentar ainda esteja bem aquém do que as diretrizes recomendam. A forma de preparo também é importante, para que o alimento servido à mesa mantenha suas propriedades nutritivas.

Você consegue todos os nutrientes que seu corpo precisa com uma adequada combinação de alimentos naturais, integrais, frescos. Esse padrão tem a grande vantagem de saciar com muito menos calorias e é por isso que esse padrão favorece a redução de peso para aqueles que estejam acima do índice de massa corporal recomendado. E favorece sobretudo a manutenção do peso adequado ao longo da vida.

Em Blogs anteriores foram apresentados artigos que afirmam a possibilidade de remissão da pressão alta e do diabetes tipo 2, via mudança de hábitos, incluindo a migração para padrão alimentar baseado em plantas. O Comitê de Médicos para a Medicina Responsável submeteu a proposta de alimentação baseada em plantas a testes com milhares de pacientes com diabetes tipo 2. Seu fundador, Dr. Neal Barnard, diz: “uma alimentação baseada em plantas é um poderoso instrumento para prevenir, gerenciar e até mesmo reverter o diabetes tipo 2. Não somente esta é a mais deliciosa “receita” que você pode imaginar, mas ela é também fácil de seguir. Diferentemente de outras dietas, não há necessidade de contagem de calorias, limitar as refeições a porções acanhadas, e nenhuma necessidade de controle de carboidratos”.

Fonte: Diabetes – Physicians Committee for Responsible Medicine