A custosa pandemia dos distúrbios mentais # 3

Temos na saúde mental, nesses tempos de pandemia e distanciamento físico, uma das maiores preocupações no campo da saúde. O assunto está rotineiramente na mídia, nas conversas entre profissionais de saúde, nas lives que substituem Congressos e Seminários de antes da pandemia. Mas notem, saúde mental já era de grande preocupação antes mesmo da pandemia. 
Alguns dados para ilustrar. 

Estudo da McKinsey publicado na Fast Company em 27/10/2020 e de novo no dia 3/11/2020, reporta que 41% dos americanos sofrem com distúrbios mentais, mas nos jovens de 18 a 24 anos, a taxa é de 75% – ou seja, toda uma geração.(Link Abaixo)

Segundo a OMS [Mental Health in the Workplace, May 2019], os distúrbios mentais causam perdas econômicas anuais, de mais de 1 trilhão de dólares. Enfatize-se, por ano. 

Esse dado foi levantado em artigo publicado na prestigiosa revista The Lancet, em maio de 2016.(Link Abaixo)
Os dados mostram que já tínhamos uma pandemia de distúrbios mentais anterior à pandemia do novo Coronavírus. 
O Coronavírus agravou a situação, por vários motivos: longo distanciamento social, risco de contaminação, incertezas quanto ao fim da pandemia, possíveis novas ondas de infecção. Essas são ainda agravadas por outras incertezas: se teremos cura e vacina e quando e se a vacina oferecerá proteção duradoura. Voltaremos à normalidade? Que normalidade será essa? Todas essas incertezas geram angústias. Em muitas pessoas. É inevitável. 

Vamos ficar de braços cruzados, como expectadores passivos de uma fatalidade? Ou vamos enfrentá-las? 
Aqui há desafios de inúmeras ordens. As terapias tradicionais são calcadas em medicações de várias ordens. Não se nega a necessidade e utilidade dessas terapias tradicionais. Observa-se no mundo inteiro que o consumo de medicações para distúrbios mentais está em crescimento rapidamente. E nem sempre os consumidores estão plenamente conscientes de seus efeitos, particularmente dos nocivos. 

O Dr Alberto, no Livro Cirurgia Verde, no capítulo Alegria, trata desse tema. Ele fala sobre o surto “tarja preta” e discute a relação da inflamação com a depressão e distúrbios mentais. “Estar inflamado gera depressão. Precisamos reestruturar, além da base física e bioquímica, a teia imaterial e emocional que nos caracteriza como humanidade.  

Na próxima matéria trataremos com mais detalhes as abordagens do Dr. Alberto sobre essas questões, com foco nas medidas que podem ajudar muito no seu enfrentamento. 

Fontes: https://www.fastcompany.com/90567035/5-ways-to-design-a-better-mental-health-future-for-a-stressed-out-workforce  

https://www.thelancet.com/action/showPdf?pii=S2215-0366%2816%2930024-4