Câncer e dietas – o que você poder fazer: Alimentação Baseada em Plantas # 31

Enviado por Seed4Life em sab, 01/05/2021 - 10:20
# 31

Genes don’t dictate health. How we think, feel, eat, and live determines how our genes get expressed. Genes may be present, but environment, lifestyle, diet, thoughts, and feelings determine if and how they are expressed.

Human Longevity Project

Segundo a OMS,  41 milhões de vidas no mundo foram cessadas prematuramente por doenças crônicas não transmissíveis em 2016 e dessas, 18 milhões por doenças cardiovasculares e 9 milhões por câncer. Mais grave é o fato reconhecido pela Sociedade Americana de Câncer, que entre um quarto e um terço dos cânceres que ocorrem nos países desenvolvidos são atribuídos à má nutrição, ao sedentarismo e à obesidade.


Câncer é, em primeiro lugar e acima de qualquer outra coisa, uma doença metabólica - é que diz o Human Longevity Project. No seu desenvolvimento ele pode levar, como consequência, a mutações genômicas nas células. Células cancerígenas se alimentam com os excessos de tudo - açúcar, aminoácidos, obesidade, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo – esses são seus fatores de crescimento. Se removidos, as células cancerosas perdem sua sustentação.


O projeto aqui mencionado recomenda recorrer a alimentos à base de plantas, que junto a radiação solar, exercícios físicos ou mesmo calor e frio alternados, são capazes de atuar como formas de tornar as mitocôndrias e as células mais resilientes. A incorporação desse tipo de mudanças de hábitos de vida melhora a saúde e a resistência das células. É por isso recomendada uma alimentação que inclua alimentos que sejam coloridos naturalmente, orgânicos e originados de plantas, vegetais orgânicos levemente amargos, folhas verdes em abundância, junto com muita luz solar (sem insolação), alternâncias entre calor e frio, e exercício físico.


O ser humano existe como um superorganismo (holobionte) composto pela simbiose entre nossas células e as legiões de microrganismos que habitam nele ou no seu entorno. Esses microrganismos são fornecidos pela comida que ingerimos e pelo meio ambiente em que vivemos.
Precisamos nos cercar de microrganismos saudáveis e nos afastarmos dos não saudáveis. O caminho indicado foi a alimentação não inflamatória baseada em plantas, luz do sol, redução do estresse, contatos com a natureza, meditação (hoje conhecida como mindfullness pelo meio acadêmico), espiritualidade. Medidas que são benéficas até mesmo para os mais céticos!
Essa linha de ação já vinha sendo recomendada nas últimas duas décadas, senão mais, nos dois livros do Dr. Alberto Gonzalez.  A seguir suas posições sobre o câncer:


O câncer é uma doença que se tornou um grande desafio principalmente para a medicina nos últimos 50 anos, não somente na busca das terapias, mas especialmente pelos continuados aumentos da incidência, mais pronunciados nos países em desenvolvimento, junto com doenças cardiovasculares. 
Os avanços nas terapias contra o câncer têm sido espetaculares e os países desenvolvidos têm conseguido reduzir as taxas de mortalidade por câncer. No Brasil e nos países em desenvolvimento o câncer ainda é uma doença diagnosticada tardiamente, ainda há longas esperas por exames, diagnósticos errôneos, mais a espera pelos tratamentos. Os doentes vêm sofrendo bastante e tendo uma mortalidade mais alta do que a de outros países.


Mas não se desespere. Um diagnóstico de câncer não é uma sentença capital. Por isso, converse com seu oncologista, tome decisões baseadas em evidências e fatos. Busque mais de uma opinião. O câncer é uma doença complexa, mas que tem algumas bases já conhecidas, como manifestações da acidez nos tecidos do corpo, resultantes da presença de açúcar na dieta, que geram em conjunto o desequilíbrio ácido-básico do corpo.


Veja o câncer como uma doença crônica, trate-o como tal, consulte e acompanhe seus médicos, tenha uma atitude positiva, crucial no diagnóstico, no prognóstico e principalmente na possibilidade de você ter um resultado positivo. Livre-se de raivas e mágoas. Perdoe.


Doutor Alberto tem um artigo publicado no livro Rethink Food - Cem médicos não podem estar errados.   Nele, trata do papel de uma alimentação baseada em plantas na redução das taxas de câncer e como coadjuvante nas terapias convencionais.
Os cem médicos de todo o mundo que colaboraram com esse livro abordaram os efeitos da alimentação baseada em plantas na reversão de doença cardíaca, na prevenção do câncer, redução da necessidade de medicamentos, na perda de peso de forma segura, no rejuvenescimento e fortalecimento dos ossos, na eliminação das dores das artroses, diminuição da pressão arterial e do colesterol e no declínio do problema cognitivo.


Hoje existem artigos muito claros, que relacionam as bactérias que habitam os intestinos com a maior ou menor incidência ou com a maior prevenção de câncer. A alimentação baseada em plantas nutre um grupo bacteriano mais saudável e que vai por isso, aumentar a imunidade e prevenir o câncer, principalmente o intestinal, que se torna cada vez mais comum nos países em desenvolvimento. O aumento da incidência do câncer tem relação com a dieta dos dias atuais – empobrecida nutricionalmente, rica em gorduras hidrogenadas, açúcares, amidos, laticínios e carnes vermelhas. Fica cada dia mais claro que derivados industriais de carnes e laticínios são dietas estimuladoras do câncer. 


Então, você deve realmente se reprogramar e pensar uma alimentação baseada em plantas, para prevenir o câncer gastrointestinal - o primeiro câncer a ser prevenido. Também é um fator de desenvolvimento do câncer a inflamação. Portanto, você deve evitar alimentos inflamatórios. É também condição importante que você mantenha alta sua imunidade. E manter um astral alto, bem-humorado, de bem com a vida, combater o estresse, evitar o caminho do que leva para depressão, são formas de manter alta a imunidade.


Mas se você já está tratando de um câncer, não pense duas vezes e adote logo uma alimentação baseada em plantas. Siga também algumas outras regras. 


•    Acompanhe a evolução do tumor e as respostas às terapias a que você está submetido.


•    Tome cuidado com recomendações de “aventureiros” para se desfazer de todas as prescrições do seu oncologista - coloque a pulguinha atrás da orelha. 


•    A medicina integrativa trabalha em cooperação, de forma multidisciplinar, e isso com o médico que conduz o seu caso.  

  
•    Cuidado com prescrições de remédios que não tenham eficácia comprovada ou com promessas de resultado - especialmente para o câncer, diabetes e hipertensão. 


•    Mantenha a alimentação baseada em plantas, acredite que você alcançará resultados, mas desconfie de promessas sem evidências.


Que fique claro: não existe uma planta “milagrosa” que cure o câncer. Não existe uma erva “curativa” que elimine o diabetes. Não existe o “emplastro Brás Cubas” ou a “maravilha curativa do dr. Fulano” que debele essa ou aquela doença. A alimentação baseada em plantas não substitui as terapias que seu oncologista prescreveu, mas ajudam a reduzir os sintomas e as manifestações clínicas, fortalecendo sua base fisiológica. Somente assim você poderá reduzir a quantidade de medicamentos, principalmente aqueles que não têm relação direta com o câncer, mas com doenças associadas. E se você for um sortudo, poderá comemorar a diminuição da atividade do tumor ou mesmo sua remissão.

 

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Fonte: 
WHO Health Statistics 2020.
Alberto Peribanez Gonzales. “Lugar de Médico é na Cozinha” e “Cirurgia Verde”
Rethink Food - Hundred Doctors can’t be Wrong”.  Repensando os alimentos – cem médicos não podem estar errados.

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