Diabetes # 12
O Ministério da Saúde informou no Dia Mundial do Diabetes que o SUS realizou mais de 10 mil amputações de membros inferiores nos primeiros oito meses de 2020 devidas ao diabetes. Esse número vem aumentando a cada ano.
Segundo a Federação Internacional do Diabetes, são mais de quatro centenas de milhares o número de diabéticos no mundo, número esse que pode ser quase o dobro se considerarmos os portadores que ainda não têm o diagnóstico. Em 2019, a doença ceifou mais de 4 milhões de vida no mundo e consumiu perto de 10% de todas as despesas com saúde dos adultos.
O diabetes causa complicações microvasculares que afetam as pequenas artérias nos rins, olhos ou nervos periféricos em membros inferiores com risco de ulcerações que não saram e levam a amputações. Aliás, o diabetes é a primeira causa de amputações não traumáticas, cegueira e insuficiência renal. É também uma das principais causas de problemas cardiovasculares, como o infarto e AVC.
O diabético deve ter cuidados especiais como os pés. Sapatos apertados, desconfortáveis, que contenha pequenas saliências pode provocar pequenos ferimentos, que servem de porta de entrada para organismos causadores de ulcerações que não saram. São essas que leva à necessidade e de amputação.
Falamos do diabetes tipo 2, doença silenciosa que está relacionada a hábitos de vida pouco saudáveis, à obesidade e má alimentação. Outros fatores que também contribuem para o diabetes tipo 2 estão o sedentarismo, o stress, distúrbios mentais, hipertensão, colesterol alto, históricos familiares, entre os principais. O envelhecimento também favorece o surgimento dessa doença, mas provavelmente provocada por longos períodos vividos com hábitos inadequados.
A prevenção é feita com a prática de hábitos saudáveis, como comer diariamente verduras, legumes e frutas; reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras; parar de fumar; praticar exercícios físicos regularmente; e manter o peso controlado.
Acompanhamento periódico regular é essencial para manter a doença sob controle e assim evitar que sua atuação silenciosa e assintomática provoque estragos nos mais diversos órgãos do corpo. Na pandemia, as pessoas deixaram de fazer esses acompanhamentos regulares e com isso a doença pode ter progredido sem freios e agravar a situação do diabético. Se você é um desses que evitou fazer o acompanhamento durante a pandemia, não perca mais tempo, adote os meios de proteção e procure pela assistência, inclusive à distância, pela telemedicina.