Padrões alimentares pro-inflamatórios ligados a maior risco cardiovascular # 8

Enviado porSeed4Life emter, 01/12/2020 - 08:00
# 8

Em blog anterior, vimos que a obesidade favorece estados de inflamação crônica. Neste, vamos tratar de pesquisa recentemente publicada (Medscape, 3 de novembro de 2020) que classificou os alimentos que costumamos ingerir em quintis de acordo com seu potencial inflamatório e os correlacionou com o risco de problemas cardiovasculares e derrames.

Os alimentos que as pessoas consomem foram reunidos em 39 grupos e classificados conforme seu potencial inflamatório, usando três indicadores de inflamação.


O estudo observacional envolveu 210.145 pessoas de ambos os sexos, acompanhadas durante 32 anos.
O resultado foi que dietas (padrão alimentar) com alimentos classificados no quintil mais inflamatório estiveram associadas a maiores riscos em comparação com aqueles que adotavam um padrão alimentar de menor impacto inflamatório: 38% mais alto risco para doenças cardiovasculares, 46% para doenças coronarianas do coração e 28% para derrames.


O estudo conclui que “Indivíduos que ingeriram maiores proporções de vegetais de folhas verdes (couve, espinafre, rúcula), vegetais amarelo-escuros (abobora, pimentões amarelos, cenouras), grão integrais, frutas, chá, café e vinho tiveram menor risco de doenças cardiovasculares  do que aqueles que ingeriam maiores porções de carne vermelha, carne processada, vísceras, carboidratos processados e bebidas adoçada.”


Em avaliação secundaria, conclui a matéria, “dietas com mais alto potencial inflamatório estiveram também associadas com significativamente mais altos níveis de biomarcadores indicativos de inflamação vascular e metabólica mais sistêmica, assim como perfis de lipídeos menos favoráveis.


A intenção dos pesquisadores e divulgadores é ajudar as pessoas a encontrarem os alimentos com a maior proporção de nutrientes saudáveis mais do que apontar nutrientes específicos a evitar ou a recomendar. Obviamente, esses resultados também servem para o desenho de diretrizes alimentares mais adequadas.


Veja o que que diz o Dr. Alberto, sobre o assunto, com base em sua experiência clínica:
No consultório de clínica em medicina integrativa, trabalhamos em conjunto com Gláucia Albertoni, nutricionista, e Ananda Murti (chef de culinária).


Ele afirma que nenhuma das conclusões deste artigo tão importante aconteceria em qualquer de nossos pacientes, se não mudássemos os seus hábitos de vida e, principalmente, a sua culinária. Este sempre foi e continua sendo nosso maior foco de trabalho, a mudança cultural do hábito de comer de nossos pacientes.


Após conseguirmos a adesão deles a um padrão mais "baseado em plantas" temos resultados que são bem impactantes e bem relacionados ao que mostram estes artigos, havendo redução de marcadores inflamatórios típicos em exames complementares de laboratório.


O acompanhamento  das reduções bioquímicas, dos sinais e sintomas clínicos das doenças inflamatórias, mostra remissão significativa e em muitos casos, total.


Resta, ao final, o trabalho da retirada de medicações anti-inflamatórias pesadas, caras e muitas vezes com sérios efeitos colaterais.

 

Fontes: 

Medscape: https://www.medscape.com/viewarticle/940322?nlid=138135_1842&src=WNL_mdplsfeat_201106_mscpedit_wir&uac=116773EX&spon=17&impID=2661474&faf=1#vp_1

JOURNAL OF THE AMERICAN COLLEGE OF CARDIOLOGY VOL. 76, NO. 19, 2020.

https://www.jacc.org/doi/pdf/10.1016/j.jacc.2020.09.535

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